18° dia - de Rüdsheim am Rhein a Heidelberg (125 km)

(1.484 km acumulados)
Sim, nossa cicloviagem chegou ao fim! Foram 1.484 km em 17 dias de pedal (mais 1 dia de descanso), o que dá uma média de 89,2 km por dia.  Como a topografia das regiões percorridas não é muito montanhosa e o trajeto é quase todo asfaltado, essa média não foi pesada.
Nossa cicloviagem atravessou França, Bélgica, Holanda e Alemanha, como vocês podem ver no mapa abaixo:



Tivemos no total dois pneus furados, felizmente nenhum acidente e praticamente nenhuma chuva, somente um pouco de garoa em algumas cidades. Foram dias de cumplicidade, companheirismo, aprendizado e descobertas. Foi uma aventura incrível, que certamente marcará nossa vida para sempre.
Para finalizar essa saga, o pedal de hoje foi bem puxado, uma vez que resolvemos rodar 125 km. Nossa meta era chegar a Heidelberg; até poderíamos ter parado antes e continuado o pedal na segunda, pois nosso ônibus de Heidelberg para Paris sai apenas na madrugada de segunda para terça. Porém, o ideal seria já amanhecer em Heidelberg, porque assim daria para curtir mais a cidade durante a segunda-feira e viajar à noite descansados. Com essa ideia em mente, tomamos um café da manhã super-reforçado no hotel em Rüdsheim e saímos cedo para encarar aquela que seria a mais longa jornada até agora.
Foi um dia de poucas fotos e foco no pedal. Apesar de o trajeto ter vários trechos off-road e de termos tido um pneu furado, mantivemos um bom ritmo até os 100 km.

Algumas cenas do caminho, em um dia de foco no pedal.



Parece quadro de Van Gogh, mas é uma estradinha alemã.
Pequena pausa para fotografar a cidade de Mainz.

E sempre arruma-se tempo para catar fruta no mato!



Mas por volta dos 100 km surgiu um problema. Nada abre de domingo na Alemanha, pelo menos não nas cidades pequenas. A gente tinha comprado alguns pães e sucos uma padaria de Rüdsheim de manhã, mas depois dos 100 km já tinha acabado tudo e a água estava nas últimas gotas. Pelas cidadezinhas por onde passávamos, ninguém nas ruas e tudo fechado.
Até que, a uns 20 km de Heidelberg, por sorte encontramos um restaurantezinho turco aberto . Eles serviam não apenas o tradicional kebab, mas também pizzas, massas, sanduíches, enfim, de tudo um pouco. Pedimos um prato de massa para cada um - e aí, sim, com esse reforço conseguimos chegar a Heidelberg.

Refresco turco para acompanhar a refeição.

O dia seguinte foi para relaxar e conhecer a linda cidade de Heidelberg.
A ponte antiga e o castelo  (abaixo) são os cartões-postais de Heidelberg.




Dá para fazer uma longa caminhada no interior e nos jardins do castelo.

E o passeio atrai multidões de turistas.




Fora da área do castelo, Heidelberg também tem ruas e praças muito charmosas.




As bicicletas estão por toda parte.
Basta ver o estacionamento de bikes da estação de trem.

E assim terminamos mais uma cicloviagem, felizes, realizados e já pensando na próxima.
Obrigada a todos que acompanharam a aventura por este blog.  Estamos à disposição para tirar dúvidas de quem queira repetir esse trajeto ou simplesmente tenha curiosidade de saber como é uma viagem de bicicleta. Boas vibrações para todos vocês!


17° dia - de Coblença a Rüdsheim am Rhein (75 km)

(1.352 km acumulados)

Quando compramos a passagem de avião de ida e volta para Paris,  sabíamos que seria praticamente impossível voltar pedalando. Nossa ideia era pedalar até um ponto do caminho e depois pegar um trem ou ônibus de volta. Agora, que a viagem  (infelizmente) está terminando, começamos a pesquisar opções para fazer essa operação e acabamos decidindo pegar um ônibus em Heidelberg, cidade bem turística da Alemanha.
De Coblença a Heidelberg são aproximadamente 200 km, e a gente tem 3 dias para chegar lá. Assim, saímos hoje do camping em Coblença com a intenção de rodar pelas margens do Reno até onde desse vontade de parar. A vontade veio na incrível cidadezinha de Rüdsheim am Rhein,  declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco e um dos pontos turísticos mais visitados da Alemanha.
Vejam só por que resolvemos parar lá:

O templo de Niederwald é um dos pontos mais conhecidos de Rüdsheim. Foi construído por um nobre em 1790 e se tornou um símbolo do Romantismo alemão. O compositor Beethoven e o escritor Goethe, entre outros artistas, visitaram o local em busca de inspiração.

O chope de hoje foi especial.  Tim tim!

O Monumento de Niederwald também faz parte das atrações na zona alta da cidade.

Chegamos até essa parte alta de teleférico.

E a parte baixa também tem atrações bacanas, como o Castelo de Brömsenburg, que data do século X.

É possível caminhar pela área do castelo...

...que tem vários artefatos históricos, como essa antiga máquina para prensagem das uvas, usada na produção de vinho.

Isso sem falar na fofa Drosselgasse, a rua mais badalada da cidade.


Mas não pensem que Rüdsheim foi a única atração do dia. O trecho do Reno que percorremos hoje é simplesmente repleto de castelos e lindas cidadezinhas. Confiram um pouco do que vimos no caminho:

Castelos e mais castelos à margem do Reno.




Existem inúmeros campings ao longo do Reno.

Pudemos ver que o transporte de carga pelo rio é muito comum.

Chegamos a Rüdsheim de ferry. Esta é a cidade vista do rio.

16° dia- de Colônia para Coblença (105 km)

(1.277 acumulados)
Nem todo mundo sabe, mas os campings têm uma vantagem importante em relação aos hotéis. Apesar de obviamente não ser tão confortável passar a noite em uma barraca, todos os campings têm máquinas de lavar e secar roupa - algo ótimo para cicloviajantes!
Depois de quatro dias dormindo em hotéis estávamos praticamente sem roupa limpa, por isso decidimos hoje rodar até um camping muito elogiado na cidade de Coblença (Koblenz em alemão). Dessa forma, pedalamos mais de 100 km pela margem do Reno, apreciando os castelos e outras construções históricas, e chegamos ao destino por volta das 18h. De fato, o camping era ótimo, em um local agradável no encontro dos rios Reno e Moselle, com instalações modernas - e a tão desejada máquina de lavar!
A maioria das barracas no camping era de cicloviajantes. Na barraca ao lado, aliás, tinha uma garota australiana fazendo a trip sozinha.
Confiram os belos visuais do dia de hoje:

A rota do Reno também é conhecida como a rota dos castelos.

E não é à toa: é um castelo atrás do outro.
Além de igrejas...


...fortificações...

...e cidadezinhas encantadoras.



Aqui,  finalmente, a bela Coblença. 



O Kauss Camping visto do rio.
O camping também tinha estes simpáticos quartos na forma de barril.  Pena que só alugavam por no mínimo duas noites. 
Comemorando mais uma jornada no restaurante do camping.