4° dia - de Füssen (Alemanha) a Imst (Áustria) - 79 km

(346 km acumulados)

Dia de cruzar aquelas montanhas lá,  os Alpes.

Depois de tantos dias de sol e calor, já estávamos arrependidos de ter trazido agasalhos.  Mas para hoje havia uma previsão de queda de mais de 10 graus na temperatura em Füssen.  De fato, o dia amaheceu friozinho e já saímos da cidade com manguitos. À medida que subimos as montanhas, porém,  o frio aumentou muito,  até que paramos na cidadezinha de Lermoos para nos agasalharmos e fazer um lanche.

Só com chocolate para encarar a subida e o frio. 

Todos de jaqueta Kepps! 

Hoje foi o dia do primeiro grande desafio da viagem: a primeira passagem de montanha da Via Claudia Augusta, o Fernpass, com aproximadamente 1.300 metros de ascensão.  Além disso, foi também o dia com maior proporção de trilhas off-road,  um pouco desconfortáveis para nossas bikes estradeiras. No caminho,  aliás,  conhecemos um grupo de ciclistas canadenses e americanos muito simpáticos,  e um deles teve uma queda feia no cascalho,  mesmo estando de mountain bike.

Logo na saída de Füssen, cruzamos a segunda fronteira da viagem,  da Alemanha para a Áustria. 

Foi um dia de muita subida,  às vezes pedalando...

... às vezes empurrando.

Até chegarmos à famosa placa "Graças a Deus" da Via Claudia Augusta,  que marca o final da maior subida (ainda tem algumas subidinhas menores depois).

Desse ponto também é possível ver o quanto se subiu. 

O trecho da Via Claudia Augusta que atravessa o Tirol do Sul (região da Áustria onde estamos) é marcado basicamente por trilhas em meio à floresta, lagos e alguns pequenos vilarejos. Nesses,  o destaque vai para igrejas e outros edifícios com as fachadas pintadas de forma artística e minuciosa.

Paisagens do Tirol. 

Castelos...

... ruínas

... e fachadas ricamente decoradas. 

Estas ainda são de Füssen,  mas também são muito comuns na vizinha Áustria. 

A uns 15 km de nosso destino,  Imst,  paramos em uma cafeteria para tomar uma bebida quente e procurar acomodação.  Normalmente,  procuramos alguma coisa no Booking e,  se a oferta for conveniente,  telefonamos diretamente para o estabelecimento. Isso não apenas ajuda a confirmar detalhes que não estão no Booking,  como obter algum desconto extra, visto que normalmente o preço fora do aplicativo é mais baixo.  Foi o que fizemos dessa vez: combinamos de alugar um apartamento de dois quartos com uma mulher que havia anunciado no Booking.  Quando chegamos na cidade,  porém, tivemos aquela decepção: o tal apartamento ficava no alto de uma ladeira gigantesca (aliás,  a cidade toda é cheia de ladeiras).
Depois de alguma hesitação,  decidimos desistir de empurrar até lá (pedalar não seria possível) e telefonei para desmarcar.  Aí começou a saga pela procura de uma nova acomodação.  Depois de andar um pouco para lá e para cá nas ladeiras da cidade,  debaixo da garoa que começava a cair e com dificuldades para acessar a internet,  finalmente conseguimos encontrar outro apartamento espaçoso, confortável e - o mais importante - numa parte mais baixa da cidade!