30 de agosto - Augsburg a Schongau

2° dia de pedal (Augsburg a Schongau): 100 km

O segundo dia de pedal foi o dia dos "perdidos"! Pela planilha que recebemos de um dos amigos que já fizeram a Via Claudia, o percurso seria de 76 km. Mas acho que esse amigo deve ter pegado algum atalho, porque (como só depois perceberíamos) o percurso no site oficial era de aproximadamente 85 km! Com os erros que cometemos, acabamos fazendo nada menos que 100 km.
Foi, sem dúvida, um pedal bem puxado. Os primeiros quilômetros foram muito agradáveis, ainda nos parques e bosques nos arredores de Augsburg. Depois vieram longas retas em ciclovias ao longo das estradas. Também passávamos por várias cidadezinhas, todas muito bonitinhas, com casas sempre repletas de flores – e de placas solares no telhado! É impressionante como a energia solar fotovoltaica está disseminada por aqui, até mesmo nos menores vilarejos.
Casas com muitas flores na varanda: uma marca registrada da Baviera!


Verde por toda parte, inclusive nas paredes das casas.

Muitas cenas rurais, como a passagem deste rebanho de ovelhas.

Um dos marcos da Via Claudia. Ainda encontraríamos muitos pelo caminho todo!

Flores, muitas flores!
Outra coisa que tem nos chamado a atenção é a ausência de qualquer comércio nas cidadezinhas. Ainda bem que a gente tem sempre conseguido comprar frutas e pães no supermercado no dia anterior para comer durante o pedal, porque raramente encontramos qualquer lugar aberto nos vilarejos. No dia de hoje, chegamos a rodar uns 70 km sem encontrar nada. Quando nossa água já estava acabando, demos a sorte de achar uma máquina automática que vendia refrigerante.
Em relação à sinalização, hoje houve muita confusão, com o GPS toda hora divergindo das placas da Via Claudia, e estas faltando em várias bifurcações. Em alguns lugares, dava até para perceber que a placa tinha sido arrancada, porque o poste estava lá, com as ferragens do suporte, mas sem a placa.
O bom é que as pessoas estão sempre dispostas a nos ajudar. Mesmo quando não pedimos informações, às vezes elas nos param para perguntar de onde somos e para onde estamos indo. A câmara GoPro do Eduardo também tem despertado muita curiosidade. Parece que elas não são comuns por aqui... Uma das pessoas com quem conversamos durante a jornada de hoje foi um simpático alemão que tirou esta foto nossa com seu lindo dogue albino.
O simpático dono deste cachorro nos ajudou a achar o caminho e ainda tirou esta foto!
Bem, apesar de estarmos curtindo muito o passeio, é claro, chegou uma hora em que ficamos um pouco preocupados, porque perdemos totalmente a sinalização da Via Claudia. Acho que nos últimos 15 ou 20 km antes de Schongau saímos inteiramente da Via, sendo guiados apenas pelo GPS. E este, como estava no modo "mountain biking", nos mandava para trajetos bem off-road - que garantiam uma emoção a mais para mim, já que estou com pneus de cicloturismo de 32 mm...
Em certo momento, um pouco antes de chegar a Schongau, atravessamos uma floresta de pinheiros onde enfrentamos as primeiras subidas fortes do caminho. Foi o momento das primeiras empurradas também!
Eu fiz esta subida pedalando, mas me arrependi: quase infartei e minhas pernas doeram muuuito no final. Quase oito horas da noite, depois de 100 km percorridos, muito cansados e com o sol quase se pondo, chegamos finalmente a Schongau.

Dia puxado, com 100 km percorridos.

A rua principal de Schongau, com estas lindas casinhas coloridas.


Neste ótimo restaurante, batemos um longo papo com um garçom grego. Ele comentou que nessa região é comum as pessoas não falarem inglês – como a atendente do hotel onde nos hospedamos, que não falava uma palavra de inglês...
Jantamos um mais do que merecido rigatoni gratinado, com apfelstrudel e sorvete de sobremesa... e acabou-se o dia!

Hotel em Schongau: Blaue Traube (85 euros p/ o casal – café da manhã incluso) – prós: na verdade, praticamente nenhum, mas como há poucos hotéis na cidade e este é o menos caro deles, acaba sendo a melhor opção para quem quer economizar; há internet no quarto, ainda que lenta; contras: por incrível que pareça, ninguém fala inglês no hotel, então nossa comunicação tinha de ser feita toda por mímica ou por aplicativos de tradução automática; café da manhã apenas regular; hotel muito caro pelo que oferece.

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